quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ECOSSEDE: Construção pensada coletivamente para a categoria e para o planeta

As obras da Ecossede, que dará uma nova dimensão à estrutura do Sintrajufe, estão andando de vento em popa. Num primeiro momento, o local abrigará espaço para reuniões, assembleias, oficinas, atividades culturais e alojamentos. A previsão é que a primeira etapa da obra seja disponibilizada para a categoria em dezembro deste ano. Quando estiver concluída, a sede terá 566 metros quadrados, abrigando diversos serviços aos trabalhadores.

Respeito ao patrimônio dos trabalhadores
As melhorias na sede atendem a uma reivindicação e necessidade dos servidores. A construção da Ecossede, no entanto, respeita a memória e o patrimônio da categoria. Assim, o projeto foi idealizado de forma a preservar a atual construção, datada de 1912, na posição da entrada do terreno.


Alojamento: um antigo sonho será realizado
A nova sede terá uma estrutura de alojamento. A idéia é proporcionar aos trabalhadores que se deslocam do interior para atividades em Porto Alegre, que tenham um lugar confortável, seguro e agradável para ficar, sem maiores despesas. Esta ação atende a um antigo sonho da categoria. Na primeira etapa serão disponibilizados dez alojamentos, com toda a infra-estrutura. No final da obra, o total de alojamentos será de 20, dispostos em dois pavimentos. Isso representará, ainda, uma economia para o Sindicato com despesas com hotéis e deslocamentos dos sindicalizados. 
Cultura, lazer a responsabilidade social
A nova sede foi pensada de forma a melhorar ainda mais o atendimento prestado aos trabalhadores. Mas além das atividades administrativas, foi levado em consideração o aspecto da responsabilidade social do Sindicato. Neste sentido, haverá espaços para atividades culturais, exposições e cafeteria, com local para venda de produtos em parceria com setores da economia solidária. Estão previstas mais salas, modernas e com recursos tecnológicos, para ampliar a oferta de oficinas, saraus reuniões e outras atividades culturais.

Acessibilidade
Dando continuidade a sua política de respeito às diferenças, a nova sede terá estrutura de acessibilidade universal. Serão implantados elevadores, escadas podotáteis, sanitários de acordo com as normas regulamentadoras, entre outros itens.

Diálogo com os “vizinhos”
Dado aos impactos durante o andamento das obras e o respeito à comunidade, o Sintrajufe teve a preocupação de buscar o diálogo com as pessoas que moram no entorno. Uma ação de comunicação foi desenvolvida informando sobre as etapas da obra. Também houve cuidado com as especificações da lei municipal para construção.

Cuidados com o meio ambiente
Coerente com os princípios que norteiam o Sindicato, a obra foi pensada e está sendo desenvolvida levando em conta as questões ambientais. O objetivo é garantir a convivência entre os fatores humanos e ambientais. Ciente da interferência de projetos de construção civil no ambiente, o Sintrajufe buscou conciliar as duas questões, desenvolvendo para a sede um projeto de construção sustentável. Esta proposta leva em conta aspectos ambientais, econômicos, sociais e culturais.
Itens como consumo de água, de energia, possibilidades de reutilização de materiais, sensores de luminosidade, que aproveitam ao máximo a luz natural, são alguns que estão sendo levados em consideração desde a obra e se prolongam na dinâmica de funcionamento da sede.
“Queremos oferecer o melhor para a categoria, valorizar o seu patrimônio, mas também, destacar a contribuição dos trabalhadores do judiciário federal para melhorar a relação de vida entre as pessoas e o meio ambiente em que vivem”, destacou a diretora de comunicação do Sintrajufe, Cristina Lemos.


Princípios e ações previstas na construção da Ecossede:
1. Reutilização e reciclagem dos materiais oriundos da demolição:
- Encaminhamento dos materiais reutilizáveis para revenda; dos recicláveis para sucateiro autorizado; e da caliça para uso em aterro de obra licenciada.
2. Utilização racional de todas as formas de água:
- Aproveitamento de águas pluviais para descarga de bacias e irrigação.
- Uso de torneiras de fechamento automático.
- Caixa de descarga econômica.
3. Utilização racional do uso de energia:
- Iluminação com lâmpadas de alta eficiência/baixo consumo.
- Desligamento seletivo da iluminação, para aproveitamento da luz natural.
- Uso de sensores de presença para desligamento automático da iluminação.
4 . Buscar maximizar a durabilidade das edificações existentes e prever longa durabilidade nas novas.
5. Utilizar materiais menos impactantes e preferencialmente da região (redução dos custos de transporte e emprego da mão-de-obra local):
- Portas internas e painéis externos de madeira certificada.
6. Otimização da capacidade multifuncional dos espaços:
- Implantação de espaço de usos múltiplo no Centro Cultural (sala de reuniões, salas de oficinas e auditório).
7. Integrar a construção ao entorno evitando fragmentação/segregação de caráter comunitário:
- Comunicação com os vizinhos informando sobre todas as etapas da obra.
- Cumprimento do Plano Diretor e legislação municipal.
8. Respeitar a história e cultura local:
- Preservação do prédio histórico, construído em 1912.
9. Prever relações espaciais que permitam a utilização da construção por pessoas portadoras de deficiências físicas e/ou idosos:
- elevador no bloco administrativo
- plataformas motorizadas junto às escadas externas
- todos os sanitários acessíveis pela NBR 9050
- Pisos podotáteis
10. Utilização de princípios da arquitetura bioclimática (menor dependência de sistemas ativos de resfriamento/aquecimento e iluminação):
- Uso de tijolos de vidro nas divisas para melhor iluminação natural.
- Uso de brises para sombreamento da fachada norte.
- Projeto com adequada proporção entre paredes cegas/vãos de esquadrias.
11. Previsão de um ambiente que possibilite o desenvolvimento de atividades geradoras de renda própria ou em parceria com sujeitos da economia solidária:
- Previsão de espaços para cafeteria e exposição/comercialização de produtos da economia solidária.
12. Favorecimento da biodiversidade:
- Implantação de terraços jardim e coberturas vegetáveis, com redução de carga térmica e recuperação de área verde.
- Uso de pavimentação permeável no pavimento térreo.
13. Gestão racional dos resíduos sólidos (redução, reaproveitamento, reciclagem), inclusive, prevendo compostagem.
14. Valer-se dos mesmos princípios para especificação de equipamentos e móveis.
15. Zelar pelas condições de trabalho e direito dos trabalhadores envolvidos com a construção.
16. Incentivar o uso de transporte alternativo - Instalação de bicicletário.

Acompanhe o andamento dos trabalhos, opine, sugira e participe. Esta construção também é sua.

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