terça-feira, 17 de maio de 2011

Assembleia geral elege delegados para a XVI Plenária da Fenajufe

Foto Rosane Vargas

A assembleia geral do Sintrajufe, realizada no sábado, 14, elegeu os 12 delegados que representarão o sindicato na XVI Plenária Nacional da Fenajufe, de 3 a 5 de junho, no Rio de Janeiro. Do total de 122 votos, a chapa 1, Viva Voz, recebeu 78 votos; com isso, terá direito a 8 delegados e 4 observadores. A chapa 2, obteve 27 votos e enviará 2 delegados e 1 observador. A chapa 3, Consulta Já, com 17 votos, elegeu 2 delegados e 1 observador. Também participarão a diretora Mara Weber, na vaga reservada à direção do sindicato, e os coordenadores da Fenajufe Ramiro López e Zé Oliveira.
 Na abertura da assembleia, o ex-presidente da CUT/RS Chico Vicente falou sobre conjuntura. Ele afirmou a importância de os movimentos sindical e social assumirem o protagonismo na luta pela redução da desigualdade no Brasil. Para isso, afirmou, é preciso “sair da letargia” e ter autonomia de classe. Em sua análise, ele registrou que foi importante a saída de milhões de pessoas da miséria para a condição de pobres e de mais de 20 milhões da pobreza para a classe média baixa, mas que isso não foi acompanhado por um crescimento logístico e de infraestrutura, pois gerou uma tal demanda que degradou serviços como estradas, telefonia, setores de compras, o que deve ser uma preocupação do governo para manter o crescimento.



Na opinião do dirigente, a eliminação da pobreza no Brasil será possível ser for mantido um quadro de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) por mais ou menos 20 anos, se os recursos do pré-sal forem realmente revertidos para políticas sociais e se o crescimento populacional no país estagnar em 207 milhões, de acordo com previsão do Ipea. Chico Vicente disse que, além disso, são necessárias ações como reforma agrária e o fim da reconcentração de terras; limitação dos lucros dos bancos; democratização da mídia, por uma comunicação voltada pela disseminação de valores éticos e humanitários; democratização nas relações de trabalho, principalmente no setor privado; e mudança na gestão do Estado, que ainda tem muitos elementos retrógrados.


Na análise de Chico Vicente, desde 1989 os movimentos sociais não conseguem um avanço global enquanto classe. Atualmente, há movimentos importantes, como os dos servidores públicos, que denunciam projetos do governo de congelamento de salários e cortes, além de graves questões ambientais, como a proposta de Código Florestal que está em debate. Para o sindicalista, as condições para uma mobilização que realmente signifique um avanço passam pelo crescimento econômico, pela manutenção dos índices de desemprego em baixa, por uma agenda política oriunda dos movimentos, e por uma direção política que desenvolva essas condições e mantenha sua independência.


Confira os nomes da delegação gaúcha


Chapa 1 – Viva Voz Delegados: Ana Naiara Malavolta, Barbara Kern Wilbert, Edson Moraes Borowski, Gleni Mara Monlleo Sittoni, Lucas Andre Guarnier Rohde, Marli da Campo Zandona, Sergio Amorim dos Santos, Thomaz da Costa Farias. Observadores: Diogo da Silva Correa, Eledir Teresinha Martins, Luiz Sergio Garcia do Nascimento, Marcus Vinicius Martins Costa.


Chapa 2 Delegados: Claudio Antonio Saldanha Maciel e Cristiano Bernardino Moreira . Observadora: Suzana de Barros Brum.


Chapa 3 – Consulta já Delegados: Marcelo Luiz Rauber e William Eduardo Thomann Beckert. Observador: Marcos Renato de Lima Alves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua participação é fundamental. Deixe um comentário.